sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

O PERFIL DA MINISTRA ANA DE HOLLANDA



São nove mulheres escolhidas pela presidenta Dilma Rousseff para ministérios e secretarias do primeiro escalão. É o levante das saias no poder.
ANA DE HOLLANDA, a Ministra da Cultura, traz um frescor para a pasta nunca dantes imaginado. Ela é a grande surpresa do novo ministério, depois de especulações e suposições das mais diversas. Aliás, acho que foi a grande sacada.
Mas, afinal, quem é ela?

PERFIL – Paulista, culta e sensível, ANA DE HOLLANDA é cantora, compositora
e gestora cultural refinada, filha do historiador Sérgio Buarque de Hollanda e Maria Amélia Buarque, irmã de três artistas igualmente do primeiro escalão: Chico Buarque, Miúcha e Cristina.
Na família, outros artistas reafirmam o sangue azul: as sobrinhas Bebel Gilberto, Sylvia Buarque e Luíza Buarque, entre os descendentes mais conhecidos.

De 1982 a 1985 dirigiu o Centro Cultural de São Paulo da secretaria municipal, assumindo em seguida a Secretaria de Cultura do município de Osasco (1986/1988), ao mesmo tempo que alavancava a carreira de cantora e compositora, seu grande barato.
Depois de estudar técnica vocal e interpretação e cursos de teatro, lançou seu primeiro disco em 1980.
Gravou os cds: Só na canção, Tão simples e Um filme. Parceira de Novelli, Jards Macalé, Lucina, Nivaldo Ornellas e Maurício Carrilho, entre outros, ANA canta cristalina, light, leve e suave um repertório delicado e moderno.

De 2003 a 2007 dirigiu o Centro de Música da FUNARTE, onde deu banho de criatividade e produtividade consistente. Foi lá que ela deu uma injeção de renovação no setor, realizando a Bienal de Música Contemporânea, a volta do célebre Projeto Pixinguinha, os shows da Sala Sidney Miller, cursos e oficinas para músicos de todo o Brasil, assim como o projeto das Bandas, seu xodó.

Ela foi levada para a FUNARTE por Antonio Grassi, quando ele tirou o pó de mofo e deu uma oxigenada na presidência da instituição. Em 2006, participou e incentivou o canal virtual, que Paulo César Soares dirigiu com brilho, o Canal Funarte. Ainda permanece no conteúdo do site o interessante depoimento que ela deu, e que eu tive o prazer de intermediar. Quando Grassi foi absurdamente demitido pelo ministro Gilberto Gil, ANA colocou o cargo à disposição, e se mandou.
Vale a pena ouvir a articulada diretora do Centro de Música explanando suas ideias:
http://www.canalvirtual.org/ /C a n a l F u n a r t e

Chegando surpresa com o convite, ela já está se inteirando da lei dos direitos autorais que está em discussão no Congresso,(uma novela antiiiiga, sempre confusa) com intenção de ouvir juristas e artistas, assim como abrir consulta pública para ouvir opiniões, na internet. Igualmente promete aprofundar a lei de incentivo à cultura e aumentar a cota federal para a cultura.

A única mulher cogitada para o Ministério da Cultura antes dela, foi Fernanda Montenegro durante o governo Sarney. Fernanda não aceitou.

Agora, enfim, a cultura pink de ANA DE HOLLANDA. Boa sorte !

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

O MEU AMIGO BEETHOVEN



Beethoven e seu olhar humano

E o tempo vai passando, vai passando... a gente vai seguindo, pensando que já vivemos tudo, conquistamos muito e sobrevivemos todas. Ledo engano. A vida insiste nos surpreender, desviando a rota, pegando a gente de surpresa, nos fazendo repensar e reciclar sentimentos adormecidos ou esquecidos na gaveta.

No final deste ano, convivi com um filhote beagle, que acredito tenha me dado altos toques e ajudado a ser uma pessoa melhor. Eu e Beethoven ficamos amigos com a intensidade e a rapidez que os tempos modernos sinalizam.
Tive um 2010 muito movimentado, de emoções fortes, de ralação, mudanças e reavaliações, mas nada foi tão prazeroso e encantador quanto o meu encontro com ele.
Gabí com seu Beethoven ainda bebê

A dona do Beethoven é a Gabí, uma jovem sensível, inteligente, muito expressiva, que é vizinha nossa. Com seu brinquedinho de carne e osso, ela foi uma jovem mamãe de alto nível, tão afetuosa e dedicada. Sempre que saía para passear com seu filhote, ele insistia em entrar no jardim do meu irmão,e corria feito uma flexa, farejando com apetite cada canto. Não deu outra, ele acabou conquistando terreno, e assim, passou a morar aqui com o aval generoso e a supervisão de sua dona.
Beethoven conquistou a todos nós com sua vivacidade, determinação, doçura e inteligência. Encheu essa casa de alegria, de novo.

Beethoven, o Magnifico teve várias refilmagens

Curioso com a origem de seu nome (seria por causa de Ludwig van Beethoven?), indaguei Gabí, ela respondeu com naturalidade: “Foi por causa do filme”.
Trata-se da série de filmes americanos iniciada em 1992, “Beethoven, o Magnífico”, e que até hoje faz sucesso nas telas e nas locadoras. Apesar do Beethoven do cinema ser um São Bernardo, o nome caiu bem no Beagle da Gabí, porque além de parecidos, os dois têm o poder de causar deliciosas trapalhadas na sua alegria de viver.

O que mais me intrigava era o seu olhar, penetrante, questionador e, sobretudo, humano.
Li sobre a raça beagle que entre as suas características mais admiráveis, a principal é que certamente possui cérebro. Certamente. Hoje, tenho certeza que entendia o que lhe dizia, criamos um código nosso.
E aconteceu que o nosso convívio diário me deixou completamente mobilizado por sua exuberante presença, me preencheu um vazio que tinha ficado desde os últimos cachorros que por aqui habitaram: Pecos Bill, Badaioca, Barão, Blanche, Snoopy, Raia... Todos igualmente intensos, leais, afetuosos e, portanto, inesquecíveis.


Gabi com Beethoven e Mel ao fundo
Transmitindo uma saúde de ferro, Beethoven tinha sempre fôlego pra uma brincadeira a mais, e cresceu rápido de tamanho, a ponto de imaginarmos que se transformaria num beagle gigante. Não era nada disso, uma infecção fulminante o atacou fatalmente. Covardia pura. Sua repentina partida deixou a gente sem graça.
Mas aprendi com Gabí que ele foi capturado para fazer feliz alguém...

Ficou em mim um sentimento de urgência que estava adormecido. Beethoven me mostrou o quanto tudo é realmente transitório. Criar raízes, aprofundar relacionamentos, mergulhar nos momentos com a intensidade que eles merecem ser vividos, porque já estamos no futuro.

É tudo já.

Ter conhecido Beethoven foi, de todas as experiências deste ano, a mais terna e
a mais iluminada que vivi.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

EM 2011 QUANTO MAIS FILTRO SOLAR, MELHOR!




Pode parecer café requentado, mas as palavras desta crônica merecem uma nova leitura no alvorecer do ano novo. Nosso blog procura prevalecer a palavra, e assim sendo, acho oportuno nesse momento de renovação ler de novo esses... “conselhos, assim como a juventude, provavelmente desperdiçados pelos jovens”, mote de inspiração para “O Filtro Solar” de Mary Schmich, publicada em 1997 em jornal americano e na internet, e que Pedro Bial traduziu livremente para o programa “Fantástico” da TV Globo, em 2003.
Neste 2010, a gravação em narração light de Bial serve de mensagem de ano da Rádio Sul América Paradiso (95,7 FM). Está rolando direto, saquem só.

O Bucaneiro assina embaixo. Com amor & humor!


U S E O F I L T R O S O L A R

Não deixem de usar filtro solar.
Se eu pudesse dar só uma dica sobre o futuro, seria esta: use filtro solar.


Os benefícios a longo prazo do uso de filtro solar estão provados e comprovados
pela ciência. Já os restos dos meus conselhos não têm outra base confiável, além da minha própria experiência errante.
Mas agora eu vou compartilhar esses conselhos com vocês...

Aproveite bem, o máximo que puder, o poder e a beleza da juventude.


Ou então, esquece. Você nunca vai entender mesmo o poder e a beleza da juventude, até que tenham se apagado. Mas pode crer, daqui a vinte anos, você vai evocar as suas fotos, e perceber de um jeito que você nem desconfia hoje em dia quantas, tantas alternativas, se escancaravam à sua frente. E como você realmente estava “com tudo em cima”. Você não está gordo ou gorda.


Não se preocupe com o futuro. Ou então, preocupe-se, se quizer, mas saiba que
“pré-ocupação” é tão eficaz quanto mascar chiclete para tentar resolver uma equação de álgebra. As encrencas de verdade em sua vida tendem a vir de coisas que nunca passaram pela sua cabeça preocupada, que te pegam no ponto fraco às quatro da tarde de uma terça feira modorrenta.

Todo dia enfrente pelo menos uma coisa que te meta medo de verdade.




Cante.
Não seja leviano com o coração dos outros, não ature gente de coração leviano.
Use fio dental.




Não perca tempo com inveja. Às vezes, se está por cima, às vezes, por baixo...
A peleja é looonga e, no fim, é só você contra você mesmo.

Não esqueça os elogios que receber, esqueça as ofensas. Se conseguir isso, me ensine.

Guarde as antigas cartas de amor. Jogue fora os extratos bancários velhos.


Estique-se.
Não se sinta culpado por não saber o que fazer da vida. As pessoas mais interessantes que conheço não sabiam .aos vinte e dois o que queriam fazer da vida. Alguns dos quarentões mais interessantes que conheço, ainda não sabem.

Tome bastante cálcio. Seja cuidadoso com os joelhos: você vai sentir falta deles.


Talvez voce se case, talvez não. Talvez tenha filhos, talvez não.



Talvez se divorcie aos quarenta, talvez dance ciranda em suas bodas de diamante.
Faça o que fizer, não se auto congratule demais, e nem seja severo demais com você. As suas escolhas têm sempre metade das chances de dar certo.
É assim para todo mundo.

Desfrute de seu corpo, use-o de toda a maneira que puder mesmo. Não tenha medo de seu corpo, ou do que as outras pessoas possam achar dele. É o mais incrível instrumento que você jamais vai possuir.


Dance... Mesmo que não tenha onde, além de seu próprio quarto.


Leia as instruções, mesmo que não vá segui-las depois. Não leia revistas de beleza.
Elas só fazem voce se achar feio.

Dedique-se a conhecer seus pais. É impossível prever quando eles terão ido embora, de vez.
Seja legal com seus irmãos. Eles são a melhor ponte com o seu passado e, possivelmente, quem vai mesmo te apoiar no futuro.

Entenda que os amigos vão e vêm. Mas nunca abra mão dos poucos e bons.
Esforce-se de verdade para diminuir as distancias geográficas e destinos de vida, porque quanto mais velho você ficar, mais você vai precisar das pessoas que conheceu quando jovem.

More uma vez em Nova York, mas vá embora antes de endurecer.


More uma vez no Havaí, mas se mande antes de amolecer.


Viaje.
Aceite certas verdades inescapáveis: os preços vão subir, os políticos vão saracotear, você também vai envelhecer.


E quando isso acontecer,voce vai fantasiar que quando era jovem os preços eram razoáveis, os políticos eram decentes e as crianças respeitavam os mais velhos.
Respeite os mais velhos.


Não espere que ninguém segure a sua barra. Talvez voce arrume uma boa aposentadoria privada, talvez case com um bom partido, mas não esqueça que um dos dois pode, de repente, acabar.

Não mexa demais nos cabelos, senão quando voce chegar aos aos quarenta, vai aparentar oitenta e cinco.

Cuidado com os conselhos que comprar, mas seja paciente com aqueles que os oferecem. Conselho é uma forma de nostalgia. Compartilhar conselhos é um jeito de pescar o passado do lixo, esfregá-lo, repintar as partes feias e reciclar tudo por mais do que vale.

Mas no filtro solar, acredite!
Autora: Mary Schmich
Versão: Pedro Bial
f e l i z r e v e l h ã o , g a l e r a !

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

SE VOCE AMA ALGUÉM


Amar é um exercício diário. Poetas, profetas e filósofos já falaram do amor o suficiente para encher enciclopédias, e é provável que continuem a se inspirar no tema pro resto da vida, mas... A questão da posse tira o sono de muuuito casal, afinal, neguinho(a) se sente dono (a),proprietário(a), poderoso(a) e único(a).
É uma questão que acompanha o homem desde a idade da pedra, e até os dias de hoje continua em pauta.

Aqui na nossa tribo, ela teve ênfase por volta de 1976, quando os doces bárbaros Caetano, Gal, Gil e Bethânia cantaram aos sete ventos:

“O seu amor, ame-o e deixe-o livre para amar... ame-o e deixe-o ser o que ele é...”

Gil, o autor da letra, comentou about, a intenção de “criar uma outra moral, a do amor generoso que preza a liberdade do ser amado, ao contrário dos que pensam no amor só para si, e transformam a relação numa prisão, em que a obrigação supera o afeto.”

Sting aborda o assunto em “If you love somebody, set them free”, uma de suas ótimas composições. “Se você ama alguém, liberte-o”, em bom português.

É inspirado em sua música, o belo curtametragem oriental de animação que venceu o Festival de Berlim recentemente. Curtam o Vídeo na sequencia.

Abaixa a luz, desliga o celular e viaje. É delícia pura.

O amor, seja por um homem, por uma mulher, ou por um peixinho,
deve ser sempre livre !

Fica uma boa reflexão para novos tempos modernos que chegam neste raiar de 2011. Vamos deletar essa ihnaca
de posse, ciúme e prisão, né não ?

Se voce a m a alguém...




Foto 1: Fotógrafos Thad e Sarah Lawrence
Foto 2: Site www.sting.com.br

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

S T U A R T, PESSOA IMPRESCINDÍVEL



Um flamenguista muito especial recebe homenagem na sede do clube nesta quinta, dia 9.Trata-se de STUART ANGEL JONES (1945-1971), que terá o seu Memorial Pessoas Imprescindíveis inaugurado amanhã às 11h da manhã na sede do Flamengo, Lagoa, setor do remo.



O evento faz parte do Projeto Direito à Memória e à Verdade, resgate da história recente do país, promovido pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República,em parceria com o Centro Acadêmico Stuart Angel e a Agencia Livre para a Informação, Cidadania e Educação, além do clube rubronegro.
O Ministro Paulo Vannuchi confirmou presença.

Q U E M É S T U A R T


Filho de Zuleika (Zuzu) Angel Jones e Norman Angel Jones,e irmão da jornalista Hildegard Angel e de Ana Cristina Drone, nasceu em Salvador, 11 de janeiro de 1945. Era estudante de Economia na Universidade Federal do Rio de Janeiro, militante do Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8) e um apaixonado por esportes: praticava tenis, natação, capoeira e levantamento de peso. Destacou-se no remo, tendo sido voga no barco Oito, o Transatlântico de Luxo, o campeão carioca pelo Flamengo em 1964 e 1965.

STUART foi preso na manhã do dia 14 de maio de 1971 no Grajaú, próximo à Avenida 28 de Setembro, por agentes do Centro de Informações e Segurança da Aeronáutica (CISA). As circunstancias de sua morte, sob bárbaras torturas, foram narradas, em carta à Zuzu Angel, pelo preso político Alex Polari Alverga, que esteve com ele na unidade da Aeronáutica, na Base do Galeão. Ele morreu na noite de 14 de maio de 1971, e seu corpo nunca foi entregue à família...
Trinta anos depois, em 2006, a sua história de luta foi retratada no filme “Zuzu Angel”, dirigido por Sérgio Rezende.


Blogueiros, artistas, jornalistas e cidadãos: vamos amanhã render nossa homenagem a este bravo brasileiro. Salve, STUART !


domingo, 5 de dezembro de 2010

SOBRE H A I R E FILME DO JABOR



Singrei mares e aportei nas famosas praias de Ipanema e Leblon para um mergulho na cultura.
No Jardim de Alah, baixei âncora e fui conhecer o majestoso Oi Casa Grande para assistir "Hair".

No Castelinho, estacionei minha fragata Saraka em frente à Casa da Laura Alvim, e assisti o filme “A Suprema felicidade”.



Letícia Colin é a Grávida de "Hair". Espontânea, timbre agradável e carisma

Para um pirata cascudo, tudo me pareceu ingênuo demais, transgressor feito uma bala de jujuba. Envelheceu o bucaneiro ou a peça não resiste ? Acho que criei uma expectativa em torno de “Hair”, uma nostalgia da juventude sei lá, um lance vivido com minha geração que ficou lá atrás... O fato é que saí sem graça do teatro, me sentindo uma lagarta desenturmada. Aquela peça revolucionária que sacudiu os anos 70 me pareceu irreconhecível nesta versão 2010. Talvez o momento, embalado num século novo, nada surpreenda mais as pessoas, os conceitos de hoje globalizaram os temas que eram emblemáticos e transformadores.

No elenco só consegui embarcar na Grávida defendida por Letícia Colin, ela me bateu espontânea e com um timbre agradável. Os demais atores, super competentes, não me emocionaram, eles cantam como canários, dançam e pulam com vigor, mas carregam nas tintas quando poderiam exprimir naturalidade. Os hippies de boutique ficam a léguas de distancia do movimento social que levantou a bandeira da liberdade com uma postura de comportamento absolutamente original.
O que me encantou foi ter conhecido de perto o novo Casa Grande. Fiquei viajando na bela casa de espetáculos que Max e Moisés tantos anos sonharam e que finalmente conseguiram realizar.

Tammy di Calafiori, total arraso em "A suprema felicidade"

Não ia ao cinema faz tempo... Agora é com lugar marcado, e não se pode entrar e sair da sessão no meio do filme. Lembro dos tempos que eu dobrava, via de novo o começinho ou até onde quizesse rever determinada cena. Não tem mais nada disso. Mas...
Estava super curioso pra assistir o novo filme do Jabor, tantos anos afastado do cinema, e que realizou pérolas como “Opinião pública”, “Toda nudez será castigada” e “O casamento”.

“A suprema felicidade” é um filme de retorno de uma das mais brilhantes cabeças da cinematografia brasileira. Nele, o verborrágico Jabor está armazenado, soltando os bichos numa catarse hemorrágica. É visceral a sua narrativa, o filme tem um belo discurso de vida e paixão. Ele cresce quando a história foca o Jabor rapaz, interpretado com delicadeza pelo jovem Jayme Matarazzo. E alguns em especial, brilham: João Miguel, Ary Fontoura, Jorge Loredo, Elke Maravilha, Maria Luiza Mendonça, Maria Flor e Emiliano Queiroz principalmente. Aliás, os bordões cantados por Emiliano em suas tres fantásticas aparições, me levou até a infância, quando era comum se ouvir os compradores de jornais pelas ruas Fonte da Saudade e Alexandre Ferreira, na Lagoa.

A grande revelação pra mim é Tammy di Calafiori, o máximo ! Ela é a filha da Maitê Proença na novela “Passione”. Na telinha já tem demonstrado sensibilidade e beleza, mas na telona é um total arraso, ela e a câmera se namoram e se completam. Tanto nos momentos em que dubla com sensualidade à la Marylin, e nas cenas que revela fragilidades da personagem, Tammy está inteira e comovente.
O trabalho de Marco Nanini como o avô é algo especial. Nanini dá show em performance super moderna, elegante e feliniana. Merece premio.

“A suprema felicidade” é um filme instigante, com grandes atuações, vale ser degustado !


Foto 1: George Magaraia
Foto 2: Divulgação


LOCO ABREU, O NOVO IDOLO DO FOGÃO


Enfim, um novo ídolo made in Botafogo!
Depois de longo e tenebroso inverno, a Estrela Solitária ganha um novo atleta que mexe com a torcida alvinegra a nível de grande “ídalo”!
Passaram-se muitos anos desde Heleno de Freitas, Garrincha, Zagallo, Didi, Amarildo, Manga, Cerqueira Leite, Nilo Braga, Nilton Santos, Paulo Valentim, Paulo César (Caju), Perécio, Quarentinha e Túlio, entre os principais.

O nome do cara é Sebastián Abreu, o LOCO ABREU !

Uruguaio, nascido em 17 de outubro de 1976 em Lavallaja, de louco ele só tem a fama.
Comportadinho, casado e pai de quatro filhos, é um jogador que leva sério a carreira, é disciplinado e calmo no trato com os companheiros, imprensa e torcedores. Mas na hora que está em cena, baixa um santo, fica possesso.

O maior artilheiro de seu país, criador da famosa cavadinha e dono de uma garra em
campo de fazer inveja a muito marmanjo, ele é protagonista absoluto no domínio da bola.
Bola alta na área, é atração fatal pra sua cabeça, quase sempre ele estraçalha.

Tem estrada, passou nos primeiros anos de sua trajetória (1994-95-96) pelo Defensor Sporting, Deportivo La Coruña, San Lorenzo (na Argentina, quando começou a ser destacado com o apelido de Loco), seguindo pelo Nacional (super identificado como artilheiro bicampeão do Campeonato Urugaio), Cruz Azul (México), Monterrey, San Luis, Tigres, River Place (emprestado a Argentina), Beitar Jerusalém, Real Sociedad, Aris e o Botafogo.



Diz LOCO ABREU em seu Site: “...Essa história de me chamar de “loco” é antiga, desde que eu era menino. Eu era muito levado, e ganhei o apelido, que acabou virando nome artístico, e que me acompanha. Mas na realidade não sou louco.”

Com personalidade de protagonista em campo, continua balançando as redes frequentemente, jogando pelo Bota, e é peça fundamental do escrete do Joel. Com raça, carisma e faro de gol, conquistou a torcida alvinegra. Marcou 11 gols em 15 jogos das Taças Guanabara e Rio. A imprensa brasileira e internacional estampa manchetes constantemente com suas jogadas espetaculares.



Apaixonou-se pelo Brasil, e daqui não sai, daqui ninguém o tira. Retornou ao Botafogo, declarando que veste de verdade a camisa 13 botafoguense, sua favorita. Super família,
é apaixonado também (ou principalmente) pela mulher compatriota Paola Firenze e
pelos filhos Valentina, Diego e os gêmeos Facundo e Franco. A “família Loca” está sempre em Búzios, como na foto acima.


Ele é um dos responsáveis pela ótima campanha que o Bota fez neste Brasileirão. Agora, briga pela vaga na Libertadores, o que parece estar a caminho. Sempre com comentários inteligentes e bem humorados, LOCO ABREU compara o trabalho de Joel Santana ao de um confeiteiro, que sabe preparar um saboroso bolo, com bons ingredientes a seu serviço.
Pimba na gorduchinha, LOCO !

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

NUNCA MAIS FOMOS OS MESMOS DEPOIS DE H A I R



James Rado, Galt MacDermot e Gerome Ragni, os criadores

A promessa da chegada da Era de Aquário surgiu no musical “H A I R” em tempos revolucionários dos 60’. O alinhamento de Marte e Júpiter quando a lua estivesse na sétima Casa astrológica traria uma mudança jamais vista na humanidade, onde harmonia, sintonia e compreensão sem mentiras ou falsidades traduziam a catarse que a juventude da época tanto ansiava. Era momento de total mudança no mundo, injetada por muita paz & amor na veia, regada à LSD e marijuana na descoberta das drogas (em plenas portas da percepção), a viagem do psicodélico, o amor livre, a filosofia oriental, enfim, o conceito Hippie de liberdade e revolução de costumes. Os cabeludos atacaram.

Gerome Ragni e James Rado levaram dois anos escrevendo o libreto e as letras, acompanhados por Galt MacDermot, que compôs os temas mais geniais de todos os tempos, em score musical brilhante. Estrearam timidamente off-Broadway em 1967, mas em menos de um ano depois chegaram à Broadway bombando geral.
H A I R” foi o estouro da boiada da década.


When the moon is in the Seventh House
And Jupiter aligns with Mars
Then peace will guide the planets
And love will steer the stars
This is the dawning of the age of Aquarius
The age of Aquarius, Aquarius…

Quarenta anos se passaram, e no dia 14 de fevereiro de 2009 rolou o tão esperado alinhamento dos planetas em Aquário na décima segunda casa da transformação espiritual. Era dia de São Valentim, o santo padroeiro do amor. A rara concentração astrológica trouxe de volta a lembrança da peça, ganhando nova montagem em NY, assim como exibições do filme de Milos Forman, estrelado por John Savage, Treat Williams e Beverly D’Angelo nos cineclubes e emissoras de tv a cabo.

No disco, a suavidade vocal de Aracy, a garra de Bogus e Altair e a alegria de Helena Ignez.

“H A I R”
teve a primeira montagem brasileira em 1969, pouco tempo depois da instituição do famigerado AI-5 nos anos de chumbo da ditadura militar. Era uma barra, mora. Mas golpe maior foi a ousadia dos atores Armando Bógus, Altair Lima e Maria Célia Camargo, que levantaram uma mega produção de 200 milhões de cruzeiros para encarar a montagem, sem patrocínios ou ajuda governamental.

Lembro do impacto que me causou a peça ao assistir pela primeira vez em São Paulo a versão tupiniquim dirigida por Ademar Guerra, com direção musical de Cláudio Petraglia, coreografia de Márika Gidali e versões das letras de Renata Pallotini. O disco Fermata (FOTO) com a trilha sonora da peça nunca parou de rodar na minha vitrola. Até hoje.

Antonio Pitanga, Armando Bógus, Aracy Balabanian, Altair Lima e Antonio Fagundes brilharam em 1969.

O elenco original era encabeçado por Altair Lima, Aracy Balabanian, Armando Bógus, Bibi Vogel, Sonia Braga, Laerte Morrone, Ney Latorraca, Helena Ignez, Fernando Reski, Bené Silva, Medeiros Lima, Gilda Vanderbrande, Acácio Gonçalves, Ricardo Petraglia, Maria Regina, Ariclê Perez, Maria Helena, Neusa Borges, Rosa Maria, Pingo Peréio, José Luiz Pena, Nuno Leal Maia e Ivone Hoffman, entre outros. Mas o rodízio de atores foi grande devido à extensa temporada de dois anos em cartaz, e assim, passaram por lá também, Antonio Fagundes, Tânia Scher, Antonio Pitanga, Mitota, Rogério de Poly, Betina Viany, José Wilker, Edir de Castro, Tamara Taxman e Maria Aparecida, só pra citar alguns.

Ney Latorraca, grande revelação no espetáculo de Ademar Guerra.

Uma tribo de hippies evoca esse grito de liberdade, onde cenas picotam a história em torno de um triangulo amoroso entre Claude, Sheila e Berger e a convocação do primeiro pelo exército para a Guerra do Vietnã. Sodomia, viagem alucinógena e uma cena de nu de todo o elenco, causaram impacto tão forte que a platéia voltava diversas vezes para rever o espetáculo.
Ney Latorraca, que estreou como tribo, depois passou a fazer em rodízio com Laerte Morrone a personagem do travesti careta que interrompe a ação para cantar um hilário tema. Latorraca foi revelado no teatro nesse momento, a modernidade de sua performance era algo especial e inesquecível.
Com seu humor sempre afiado, Latorraca disparou para o site Teatro Musical no Brasil:
“- Eu achava que pela posição em que eu ficava pelado, na quinta fileira, não devia estar com essa bola toda. O Antonio Pitanga, por exemplo, ficava na primeira!”

A psicodélica logomarca de “HAIR”, a nova montagem de Moeller-Botelho.

Agora, quarenta e um anos depois, os Reis dos Musicais Cláudio Botelho e Charles Moeller, trazem de volta à cena o maior musical do moderno teatro americano, a estrear no próximo dia 5 de novembro no Oi Casa Grande, Rio de Janeiro, com patrocinio da Oi e Sul América Seguros.Encabeçando elenco de trinta atores testados com rigor pela dupla, aparecem nos papéis principais Hugo Bonemer (Claude), Carol Puntel (Sheila) e Igor Rickli (Berger). A direção musical é de Marcelo Castro, coreografia de Alonso Barros, cenário de Rogério Falcão e figurinos de Marcelo Pies. A Logomarca tem a assinatura da Agencia K!Comunicação Integrada. Produção Aventura Empreendimento.

Eu tenho vida, mãe, tenho riso, mana, liberdade, mano, eu tenho folga, amigo...Tenho ideias mil, filha, tenho graça pra valer, primo, tenho azia e frio e fossa como vocês!


...Eu tenho língua, tenho queixo, tenho nuca, tenho alma, eu tenho espinha, eu tenho bunda... Eu tenho sangue, tenho tripa, tenho nervo, tenho vida, vida VIDA!


Bom dia estrela, a terra é quem diz, você brilha no alto, brilhamos aqui...
Bom dia estrela, que vem nos guiar, meu bem e eu a cantar o nosso canto matinal.

É uma grande sacada mostrar para as novas gerações este musical que emocionou o Brasil e o mundo. Nunca mais fomos os mesmos depois de “H A I R”. É provável que possa acontecer algo parecido com as novas plateias, algo que traga qualquer oxigenio ou toque, já que se trata de abordagens universais sobre a inquietação da juventude, o racismo, o homo e o bissexualismo, os experimentos com as drogas e as questões políticas e sociais tão brilhantemente colocadas.

Na montagem anterior, Renata Pallotini brilhou nas versões das letras, todas impecáveis. Mas, pelo que já escutei no site de Moeller e Botelho, Cláudio não fez por menos, está inspirado e bem à vontade numa praia onde reina absoluto. O último trabalho que assisti da dupla, o musical gótico “7”, fiquei embasbacado com o acabamento artístico e técnico do espetáculo, assim como o pulso firme da direção. Charles Moeller e Cláudio Botelho, como atesta o livro de Tânia Carvalho para a Coleção Aplauso, são realmente os Reis dos Musicas.

Assistindo a nova montagem (2009) em Nova York, dirigida por Diane Paulus, quando eles compraram os direitos autorais, declarou o diretor Charles Moeller em seu site:
“- Vendo a peça, a gente percebe como a juventude é parecida, independente da época.O tempo é muito curto e transitório. Por isso mesmo, “H A I R” continua moderno e, mais do que isso, intenso.”

O catarinense Emerson Espíndola (FOTO) é um dos atores sangue novo do elenco da peça. O trailer que exibimos a seguir, mostra alguns momentos seus em tempo de ensaio numa sala, e depois quando chegaram ao palco do Casa Grande.

O ensolarado cast de “H A I R” saúda o povo e pede passagem:
Let the sunshine in !

Foto 1: http://www.dagmarfoto.com/

Fotos 2, 3 e 4: Site Teatro Musical no Brasil

Fotos 5, 6, 7, 8, 9 e 10: Léo Ladeira / Site Moeller e Botelho

Legendas: trechos da versão de Renata Pallotini (1969)

Vídeo : Evoé


CAFOFO DA POESIA - 10 -




VICTOR COLONNA é carioca e poeta-cronista por tesão. E opção. Com tom de pele ligeiramente verde gorgonzola e olhar questionador, ele não engana ser poeta das mesas e das madrugadas. Derramadão.

COLONNA escreve o blog: http://deitandooverbo.wordpress.com
Está entre os selecionados para o Prêmio Portugal Telecom - com resultado agora no próximo dia 8 de novembro – concorrendo com 408 livros inscritos do mundo todo.
“Sujeito oculto”, seu primeiro livro independente, tem o poema-título publicado no blog do Noblat. Vejam lá. Publicou também “Cabeça, tronco e versos” (Editora da Palavra).
É poeta “do bão” da novísima geração.
Saquem só:


Soneto do neurótico

Adoro essa vida odiável
Emocionante e tediosa
Tão gentil, tão intratratável
Tão sinistra, tão saborosa.

Detesto essa vida adorável
Acho a alegria pegajosa
A esperança pra mim, deplorável
E a angústia, deliciosa.

Tranqüilo no meio da tormenta
A tranqüilidade só me descontenta
Ao seguir minha reta sinuosa.

Fujo da briga e vou à luta
Amando essa vida filha da puta
E odiando essa vida maravilhosa.

Em atraso

O tempo se divide rapidamente:
O futuro me passa para trás
E só resta o passado pela frente.
A vida exige minha presença
E eu respondo: Ausente !

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

A ONDA RADICAL DO SKATE E SUA VOVÓ ROLIMÃ




Skate Love by devianART

Quando surgiu exatamente não se pode precisar, sabe-se que foi naqueles agitados anos 60 na Califórnia, quando os hormônios da juventude ferviam por novidades. O surf era moda e o patim já não tinha taaanta graça mais. Rolou então, botar umas rodinhas na prancha e sair deslizando em velocidade invadindo os espaços urbanos. Quanto mais obstáculo pela frente, melhor.


Rune Glifberg no ar. Foto: devianArt

Surfar em terra firme em altas manobras com altos e baixos graus de dificuldade, formatou o
S k a t e, esporte radical que virou febre no mundo, e aqui também. Depois das pistas, os skatistas partiram para garagens, estradas, túneis e piscinas vazias.
Nos anos 70 surgiram os grandes atletas do skateboard mundial: Steve Caballero, Tony Alva e Tom Sims, entre outros. No Brasil, o atual tetracampeão de skate vertical é Sandro Mineirinho Dias.




A vovó Rolimã

Os primeiros indícios do Skate no Rio de Janeiro aconteceram no final dos 50’ e inicio dos 60’, com a vovó Rolimã, uma tábua recortada em dois eixos: o fixo e o dianteiro móvel que dava mobilidade, acompanhada por 4 rolamentos de motor de roda de carro e caminhão. O usuário ia sentado, guiando com as pernas, sem freio e sem destino, trilhando aquela emoção da mais alta adrenalina.



...Empurra e sai de baiiiiiixo !


Na zona sul, além da turma do final do Leblon, havia a turma da Abade Ramos, célebre rua do Jardim Botânico, habitada por uma galera inflamada, que faziam parte, meu brother Paulo Marcelo, o Paulinho, e mais o Gustavo, Eduardo (Dadinho) seu irmão, o Rick, o Aranha, Francisquinho, Cidinho e Geraldão.
Paulinho e Rick construíam as rolimãs em modelos e tamanhos diversos, enquanto os outros percorriam as oficinas mecânicas para descolar as rodinhas que os mecânicos substituíam por novas. Outro recurso era o de depenar o patins da irmãzinha ou da priminha, roubando-lhes as rodas. Êh, ê, êh...


Paulinho e Gustavo : pré-skatistas da Abade Ramos

Descendo pelo cantinho, onde o asfalto era mais liso, eles ganhavam alta velocidade, e, aos gritos, percorriam desde a Senador Simonsen, passando pela Benjamin Batista e finalmente ganhavam a Abade Ramos, muitas vezes se esborranchando na esquina de uma Jardim Botânico movimentadíssima com bondes, lotações, Buiks, Chevrolets, Pontiacs e Plymouths... Muita ralação, tombos e trombadas faziam o clímax radical.

A vovó Rolimã é peça de museu, brava coroa !
Pesquisa: Wikipédia e A Hist. do Skate de Adriana Fernandes
Fotos 1 e 2 : Site Jardel's Corner
Fotos 3 e 4 : Acervo Bucaneiro

domingo, 10 de outubro de 2010

GALERIA LETRA E MÚSICA



É uma música que me acompanha décadas, e me remete a momentos muuuito significativos da maior alegria da juventude. Sempre quando a ouço, seja no velho vinil ou através da Sul América Paradiso FM, lembro das noites quentes dos 70’, as festas na casa da Marieta Severo com Analu Prestes, Denise Bandeira, Cidinha Milan, Tessy Callado e Antonio Pedro, todos nós dançando em delirantes madrugadas na Gávea.
Ou na Joaquim Nabuco, com Denise, Louise Cardoso, Mauri Aklander, Marcelo, LilaDah, Vicente Pereira e tantos outros queridos.

Desconfio que ela também faça parte da discoteca eterna dos amigos blogueiros.
Uma joia dessas é referencia pra todos nós, hein, hein ? Deliciem-se, pois.




O V E R J O Y E D ( CHEIO DE ALEGRIA )

de STEVE WONDER


I’ve been building my castle of love
Por um tempo eu construí meus castelos de amor

Just for two
Apenas para dois

Though you never knew you were my reason
Apesar de você nunca desconfiar que era meu motivo

I’ve gone much too far
Eu fui muito longe

For you now to say
Para você agora dizer

That I’ve got to throw
Que eu preciso

My castle away
Jogar fora meu castelo


Over dreams
Pelos sonhos


I have picked out a perfect come true
Eu escolhi um final perfeito

Though you never knew it was of you I’ve been dreaming
Apesar de você nunca desconfiar que meus sonhos eram com você


The sand man has come
O homem de areia veio

From too far away
De muito longe

For you to say come
Para voce dizer

Back some other day
Para ele voltar outro dia


And though you don’t believe that thry do
E apesar de você não acreditar

They to come true
Eles se realizam

For did my dreams
Pois os meus sonhos

Come true when I looked at you
Se realizaram quando eu olhei para você

And maybe too if you would believe
E talvez se você também acreditasse

You too might be
Você também estaria


Overjoyed
Cheia de alegria

Over love
Cheia de amor

Over me
Por mim


Over hearts
Pelo coração

I have painfully turned every stone
Com muita dor eu virei cada pedra

Just to find
Apenas para descobrir

I have found what I’ve
Que eu acreditasse o que

Searched to discover
Eu procurei descobrir


I come much too far
Eu fui muito longe

For me now to find
Para descobrir agora

The love that I sought
Que o amor que procurei

Can never be mine
Não pode nunca ser meu


And though don’t believe that they do
E apesar de você não acreditar

They do come true
Eles se realizam

For did my dreams
Pois os meus sonhos

Come true when I looked at you
Se realizaram quando eu olhei para você

And maybe too if you would believe
E talvez se você também acreditasse

You too might be
Você também estaria

Overjoyed
Cheia de alegria

Over love
Cheia de amor

Over me
Por mim


And though the odds say improbable
E apesar das probabilidades dizerem improvável

What do they now ?
O que elas sabem ?

For in romance
Pois no romance


All true love needs is a chance
Tudo que um verdadeiro amor precisa é de uma chance
And maybe with a chance you will find
E talvez com uma chance voce se encontre

You too like it
Também como eu

Overjoyed
Cheio de alegria

Over love
Cheio de amor

Over you...
Por você...

Over you
Por você.


Ilustração: Kansas City Confidential

sábado, 9 de outubro de 2010

SE ORIENTE, RAPAZ





Chinês é “fodão”, né não ? “Se oriente rapaz”, já disseram os tropicalistas no passado, quem sacar, sacou. Não é que o maior continente do mundo, além de invadir a praia do comércio mundial, está engatilhado com um projeto do trem bala mais maluco do planeta ?

O tempo é dinheiro, isso eles aderiram direto... e por causa desta máxima americana estão inventando o conceito do tal trem sem paradas, onde só se perdem alguns segundos para embarcar e desembarcar passageiros, sejam em quantas estações rolarem.

Negócio seguinte: os passageiros embarcam na estação em uma cabine conectora antes da chegada do trem. Em seguida, quando o trem chega, ele não precisa parar, apenas diminui a velocidade para a cabine conectora que vai ser acoplada ao teto do trem.
Aí os passageiros deixam a cabine, e descem para o interior do trem.

O governador Sérgio Cabral, visionário de carteirinha, é bem capaz de se apaixonar pela ideia, e copiar esse conceito para o seu trem bala Rio-Sampa, hein, hein, hein ?

Vejam o vídeo abaixo, é delírio puro !



Ilustração : Tatoo Dragão - a-China.info

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

SONIA MAMEDE, A GAROTA DO BIQUINI VERMELHO




Ela era escultural: mignon, toda certinha e dona de uma talento super especial para a comédia. Nascida no Rio de Janeiro, a atriz e vedete SONIA MAMEDE (1936/ 1990) começou no Teatro de Revista pelas mãos do empresário Zilco Ribeiro, e foi direto para a tela pelas mãos do diretor Carlos Manga, com quem teve memoráveis atuações em comédias carnavalescas (que os críticos apelidaram de chanchadas) marcantes da década de 50. Na televisão, apareceu no reformulado Café Bola Branca em “Noites Cariocas” (TV Rio) e popularizou-se como a Ofélia de “Balança mas não cai” (TV Globo).

É muito oportuno reverenciar e resgatar seu nome justo agora que sua vida vira inspiração para o musical “A Garota do biquini vermelho” de Artur Xexéo, com direção de Marilia Pêra, que estréia no próximo dia 14 no Sesc Ginástico, Rio de Janeiro.



"Nini, Zizi e Naná, estão andando por aí pra se arrumar. Nini quer ser cantora, Zizi quer ser vedete e Naná vai da valsa e pinta o sete !"
Adelaide Chiozzo, Francisco Carlos, SONIA MAMEDE, Ivon Cúri, Renata Fronzi e Pituca cantavam o delicioso tema de “Garotas e Samba” (1957) como na foto acima, um dos maiores sucessos da história da produtora Atlântida e o filme que marcou a sua estreia no cinema. Ela entrou substituindo Consuelo Leandro como Zizi, uma das protagonistas do divertido enredo de Cajado Filho, braço direito de Manga.Ela e Adelaide eram duas moças do interior em busca de oportunidade no rádio e nas boates cariocas, que se hospedavam em tradicional pensão de moças, comandada com braço de ferro por uma moralista Zezé Macedo.
A partir daí engrenou outras comedias do então popular cinema brasileiro: “Sai de baixo”, “De vento em popa”, “É a maior”,“Esse milhão é meu”, “O palhaço o que é?”, “Pintando o sete” e “Duas histórias/O cacareco vem aí”, entre os principais títulos.


O clássico “De vento em popa” reuniu SONIA MAMEDE e Oscarito em dupla imbatível. Os dois apareceram em sintonia e rendimento tão elogiados que o diretor Manga aproveitou-os direto nas produções seguintes. O crítico Salvyano Cavalcanti de Paiva, entusiasmado por sua performance neste filme, publicou no livro Historia dos filmes brasileiros: “SONIA MAMEDE é uma autentica ladra de cena”.

Ela foi sem dúvida a melhor partner que trabalhou com o grande comediante do cinema brasileiro, secundadas por Zezé Macedo e Margot Louro. Estiveram juntos também em “Pintando o sete” e”Esse milhão é meu”, este, quando desempenhou uma vilã barra pesada e dona de uma sensualidade arrebatadora.



“A garota do biquini vermelho” é SONIA na pele da jovem atriz Regiane Alves (FOTO), conhecida do público pelas novelas globais. O texto traz a assinatura do jornalista Artur Xexéo em primeira incursão na dramaturgia. A direção é de Marília Pêra, que inspirou Xexéo no título: foi assistindo pela primeira vez SONIA MAMEDE como vedete em uma Revista usando biquini vermelho, que deixou Marília admirada.

Detalhe curioso desta produção de Eduardo Barata, é que a peça estréia no Sesc Ginástico, o mesmo palco onde o gênero Teatro de Revista surgiu em 1859.
É hora de saudar no melhor estilo revisteiro essa ideia genial : OBA !



Foto 1: Site Zé Beto/ Recordar é viver

Fotos 2 e 3 : Site Década de 50

Foto 4: Blog de Patrícia Kogut